O responsável do Open Society Institute em Angola, Elias Isac, disse que a anunciada intenção angolana de processar judicialmente a Chevron é uma "expressão de represálias" contra os Estados Unidos.
O ministério angolano do Ambiente anunciou, na semana passada, que pretende proceder judicialmente contra a petrolífera americana que opera ao largo de Cabinda, devido à poluição que a sua actividade provoca, nomeadamente através de derrames.
Mas Elias Isac diz, numa entrevista à VOA, que há muitos anos que o governo despreza, há anos, os problemas ambientais e "dá respostas negativas" às queixas da sociedade civil, ao passo que a Chevron se porta de forma "arrogante e prepotente", como, segundo ele, é hábito das multi-nacionais.
"Os derrames não aconteceram só agora. Já têm acontecido há bastante tempo e em maiores proporções", logo para o responsável daquela ONG angolana, o que mudou não foi a atitude do seu governo face ao meio ambiente, mas o "contexto tenso da relação EUA - Angola".
"Nós queremos acreditar - e é possivel que estejamos errados - que esta posição do governo advém da situação politico-diplomática que hoje Angola está a viver com os Estados Unidos, como uma expressão de represálias", declarou Isac.
O Ministério do Ambiente admnite u periodo de negoicialopeos com a Chevron com vista a uma indemnização pela poluição causada, havendo recurso aaos tribunais se as negociações fracassarem.
Mas Elias Isac diz que o governo não deve negociar. "Se existemm leis angolanas, o processo mais simples é processar a Chevron", porque, se o Ministério do Ambiente avançar pela via negocial "essa negociação é política, e fica entre o Ministério e a Chevron", deixando o meio ambiente a as populações afectadas sem protecção.
Clique na barra sobre este texto para ouvir a entrevista com Elias Isac.