A embaixada dos Estados Unidos no Brasil ainda não divulgou a agenda do presidente Barack Obama na viagem que fará ao país. Mas um compromisso já está marcado. Obama fará um discurso para o povo brasileiro, na Cinelândia, centro do Rio de Janeiro.
Com a popularidade em queda em Washington, Obama conta com a simpatia dos brasileiros, graças à sua trajectória de sucesso.
“Peço que você acredite! Não apenas na minha habilidade de promover uma mudança real em Washington. Peço que você acredite na sua!”
São palavras motivadoras. Reforçam a esperança de quem sonha com uma mudança, com um futuro melhor. São palavras que levaram Barack Hussein Obama à presidência dos Estados Unidos, em 2008.
Filho de um queniano com uma norte-americana, Obama nasceu no Havaí, há 49 anos. No caminho até a Casa Branca, passou pela universidade de Harvard e pelo Senado norte-americano. Uma trajectória que Paulo Sotero, director do Instituto Brasil do Centro Woodrow Wilson, que estuda politica públicas em Washington, considera brilhante.
“Extremamente talentoso, cursou as melhores universidades do país. É excepcional e por isso foi escolhido para liderar o país no momento da maior crise em 80 anos.”
O sucesso profissional não atrapalhou a vida pessoal de Obama. Casado com Michelle, ele é pai dedicado de duas meninas, Malia e Sasha. Os quatro frequentam juntos a igreja e o presidente pratica basquete com as filhas. A família Obama irá completa ao Brasil. No domingo, ele deve fazer um discurso aberto ao público na Cinelândia, centro do Rio de Janeiro.
Paulo Sotero destaca que a popularidade em queda, em Washington, não deve afectar a simpatia que os brasileiros têm por Barack Obama.
“Ele tem mais de 50% de aprovação entre os brasileiros. Representa a recusa ao Bush, tem origem de classe média baixa, filho de uma branca e um negro. Subiu na vida. Há identificação com ele.”
A agenda política de Obama no Brasil será no sábado em Brasília. Ele fará um discurso para empresários, se reunirá com delegações dos dois países e irá almoçar com a presidente Dilma Rousseff. Para Paulo Sotero, director do Instituto Brasil do Centro Woodrow Wilson, os dois líderes têm em comum histórias de inovação.
“A eleição dele mostrou a capacidade da democracia Americana de se renovar. O Brasil também tem se mostrado capaz disso. O encontro desses dois presidentes é promissor. Existe uma simpatia e o desejo de cooperação nas duas sociedades.”
Do Brasil, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, segue para o Chile. A visita à América Latina termina no dia 23 de Março em El Salvador.