As autoridades angolanas começaram agora a alegar que o material de guerra encontrado a bordo do navio americano não se destina ao Quénia, mas a um país terceiro para o apoio de movimento rebelde.
Fontes da VOA não informaram a que país Luanda diz ser o destinatário dos quatros contentores com munições retidos pelas autoridades angolana.
O governo do Quénia já fez saber que as munições lhe pertenciam, mas autoridades angolanas exigem do Quénia documentação específica.
Anteriormente, o partido no poder em Angola, MPLA, acusou os Estados Unidos de estarem a rearmar a UNITA.
As autoridades angolanas dizem agora suspeitar que, para além de munições, o navio americano retido no porto do Lobito também transportará armamento.
As autoridades locais, em Benguela, apresentaram entretanto uma proposta a Luanda para a descarga das 15 toneladas de bens alimentares que seriam destinadas a outros países africanos, entre os quais Moçambique.
Fontes da Voz da América, disseram que Luanda está a tentar arranjar uma justificação legal para a retenção do navio americano no porto do Lobito.
Recorda-se que o cargueiro de bandeira americana, “Maersk Constellation”, e a sua tripulação, estão retidos no Lobito desde o dia 28 de Fevereiro devido a questões aduaneiras, depois das autoridades angolanas terem descoberto a bordo um carregamento de quatro contentores com munições.