A morte do chefe do Estado-Maior da FLEC, o general Pirilampo, está criar um ambiente de
perseguição entre as diversas personalidades políticas em Cabinda. Alguns membros da Sociedade Civil estão a ser perseguidos por grupos da FLEC por alegada implicação pela morte do general.
Adensou-se, também o ambiente entre as diversas facções independentistas, assistindo-se à radicalização de algumas posições.Os fiéis de Nzita Tiago entraram em confronto com elementos leais a Alexandre Tati.
Alguns cidadãos cabindenses, interpelados pela VOA, descreveram a morte do general Pirilampo como "uma demosntração da falta de vontade e seriedade política de governo" em resolver o caso de Cabinda. José Tibúrcio Zinga Loi, actual coordenador do Forum Cabindês para o Diálogo, disse que, nesta altura,em que se procura uma solução pacífica para a situação de Cabinda deveria ser posta de parte qualquer acção militar que ameace a integridade dos cidadãos.
Por seu lado, a Sociedade Civil Cabindense divulgou um comunicado de imprensa manifestando a sua consternação pela morte do general Pirilampo. "O insólito em tudo isto - lê-se no comunicado - é o facto de que a notícia surge no momento em que o governo de Angola torna público, com pompa e circunstância, uma inusitada nota sobre a situação político-militar em Cabinda".