Os delegados que participaram em Banguecoque da Conferencia das Nações Unidas sobre os aumentos dos custos dos alimentos na Ásia concordaram em evitar medidas restritivas que possam conduzir a uma crise dos preços dos alimentos.
A Organização da ONU para a Alimentação e a Agricultura – a FAO – reuniu 19 nações do continente asiático, mais o Japão e os Estados Unidos, para um encontro de dois dias sobre a forma como enfrentar o aumento dos preços dos alimentos.
A FAO considera que, globalmente, o custo da alimentação em Fevereiro atingiu o nível mais elevado de sempre e que os preços podem subir ainda mais na medida em que o preço do petróleo subir, afectando os custos dos transportes.
Ertharian Cousin, a representante dos Estados Unidos junto das agências da ONU em Roma, referiu que os países reunidos acordaram em não repetir os erros do passado que contribuíram, há poucos anos, para a subida dramática dos preços dos alimentos.
Cousin sublinhou que as restrições às exportações e o pânico das compras foram quase na totalidade responsáveis dos aumentos dos preços dos alimentos.
Naquela altura o custo do arroz, o principal bem alimentar na Ásia, duplicou numa questão de meses.
Konuma, o representante da FAO na Ásia e no Pacifico, indicou que a Birmânia confirmou recentemente ter proibido a exportação de arroz, mas que tal era uma medida de precaução adoptada todos os anos antes da colheita do arroz e não relacionada com o aumento mundial dos preços dos alimentos.
“Normalmente antes da colheita do arroz existe uma redução das existências e os preços aumentam. É natural que o governo tente manter existência suficiente e desencoraje a exportação”.
Presentemente o preço do arroz a retalho aumentou 33 por cento no Bangladesh e na China e na Indonésia 23 por cento.
Os maiores produtores da região, a Tailândia e o Vietname, têm boas colheitas que devem manter os preços estáveis.