Vídeo do atentado bombista na Somália

Populares afluem ao local do atentado que fez mais de 60 mortos e dezenas de feridos em Mogadíscio

Grupo terrorista quebrou a trégua depois do anúncio da sua retirada de Mogadíscio em consequência da crise alimentar

Na Somália, pelo menos 60 pessoas foram mortas e dezenas de outras ficaram feridas numa explosão de um camião armadilhado por militantes da al-Shabab defronte ao ministério da educação em Mogadíscio.

As vítimas são na sua maioria estudantes e seus parentes.

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Foi o maior ataque na capital somali depois da retirada da al-Shabab em Agosto, em resultado da fome que assola aquele país.

A explosão do camião ocorreu durante a operação de verificação num checkpoint a entrada do ministério da educação, disse um agente da polícia em Mogadíscio. Corpos sem vida e vários outros detritos materiais e humanos foram projectados a metros de distância pela força da deflagração.

Uma enfermeira no Hospital de Medina na capital disse que haviam pessoas, amputadas de membros superiores e inferiores, outras com feridas graves e queimaduras profundas que estavam a ser tratadas. Outras vítimas terão perdido a visão, assegurou a mesma fonte.

O chefe de serviço de ambulâncias de Mogadíscio, Ali Muse disse a agência Associated Press que pouco mais de 60 pessoas teriam sido mortas e 152 outras estavam feridas. Segundo ainda Muse, a explosão não só atingiu os que se encontravam próximos do camião, como os e transeuntes a dezenas de metros do local. O número de mortos pode ainda subir uma vez que até o momento da entrevista, as equipas de socorro ainda estavam no local a recolher feridos e corpos sem vida.

Num comunicado, o governo somali indicou ter havido 15 mortos, mas não ficou claro se tratava ou não, da primeira ou última avaliação.

As vítimas são na sua maioria estudantes e parentes que aguardavam pelo anúncio de bolsas de estudos. Segundo ainda o governo este ataque demonstra que as acções dos terroristas não cessaram, e que ainda existem pessoas que pretendem prejudicar os avanços feitos pela paz.

A al-Shabab reivindicou imediatamente a responsabilidade do atentado no seu site na internet. O grupo terrorista ligado a al-Qaida diz que seus combatentes mujahideens tiveram acesso a zona dos ministérios e da força de paz da União Africana – AMISOM.