Apelos ao diálogo e à tolerância marcaram a passagem do "Dia da Paz",feriado nacional em Moçambique.
Esta data, que marca a passagem dos 19 anos da assinatura dos Acordos Gerais
de Paz, que puseram fim a 16 anos de guerra civil em Moçambique, foi assinado
numa altura em que as confissões religiosas e os partidos políticos da
oposição nacional, consideram que a paz ainda não está totalmente consolidada
no país e apontam as assimetrias regionais e a distribuição desigual da
riqueza nacional, como factores que podem criar focos para futuros conflitos.
Raul Domingos, um dos negociadores dos Acordos Gerais de Paz, assinados na
cidade de Roma, entre o governo da Frelimo e a Resistência Nacional de
Moçambique, Renamo, diz mesmo que os princípios do acordo que pôs fim à
guerra, foram abandonados e deram lugar à exclusão de carácter político e
social o que pode propiciar focos de conflito.
O Presidente da República, Armando Guebuza, disse por seu lado que a paz está a ser
consolidada e que não há condições para o retorno a guerra.
As celebrações deste ano foram marcadas por uma deposição de uma coroa de
flores, no monumento aos heróis moçambicanos, uma missa organizada pelas
confissões religiosas e, mais uma vez, pela auséncia do líder da oposição
nacional,Afonso Dhlakama, um dos principais protagonistas da assinatura do
Acordo Geral de Paz.
Apelos ao diálogo e à tolerância marcaram a passagem do "Dia da Paz",feriado nacional em Moçambique.