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Guterres: Lentidão na resposta à crise no Corno de África


Guterres: Lentidão na resposta à crise no Corno de África
Guterres: Lentidão na resposta à crise no Corno de África

Alto-comissário da ONU para os refugiados disse que o Mundo foi lento a reagir aos sinais de deterioração da crise alimentar.

O Alto-comissário da ONU para os refugiados, António Guterres, disse que o Mundo foi lento a reagir aos sinais de deterioração da crise alimentar no Corno de África apesar de ter visto os sinais da sua escalada.

Falando na reunião anual do comité executivo do ACNUR, em Genebra, Guterres disse que o mais grave foi a incapacidade de impedir o que considerou como “a pior situação por si testemunhada neste mandato.”

A ONU estima que a crise alimentar na região, a mais grave em décadas, esteja a afectar mais de 13,3 milhões de pessoas.

O Alto-comissário frisou que a crescente complexidade do ambiente internacional dificulta a busca de soluções para os mais de 43 milhões de refugiados, deslocados internos e apátridas.

Além de se referir às centenas de milhares de vítimas da fome fugidas da Somália, Guterres citou a violência pós-eleitoral marfinense e os levantamentos da denominada “ primavera árabe” como tendo marcado uma sucessão de crises de deslocamentos e de refugiados que marcaram o ano de 2011.

Uma homenagem foi prestada aos vizinhos das nações em crise – em África, Europa e Médio Oriente – pela abertura das suas fronteiras, “mesmo sob grande pressão”, aos refugiados ou migrantes relacionados com os influxos.

Guterres também alertou para “o crescente perigo da xenofobia”, o qual considerou ameaçar o espaço de protecção aos refugiados.

O ACNUR considera também necessário que a comunidade internacional desempenhe um papel colectivo para evitar conflitos, lute por uma maior adaptação às mudanças climáticas e melhore a gestão de catástrofes naturais.

Ouça a reportagem do Eleutério Guevane.

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