O secretário da Defesa dos Estados Unidos, Leon Panetta, reuniu hoje com dirigentes egípcios no Cairo para discutir a transição do país para um governo civil e a possível libertação de um alegado espião israelita.
Durante uma conferência de imprensa na segunda-feira em Telavive, Panetta disse não poder comentar as especificidades do caso de Ilan Grapel, um cidadão americano-israelita que se encontra sob custódia egípcia desde Junho. O Egipto acusa Grapel de trabalhar para a agência de espionagem israelita Mossad, que Israel nega.
As tensões entre o Egipto e Israel aumentaram desde o derrube em Fevereiro do antigo presidente egípcio Hosni Mubrak.
Missão em Telavive
O Secretário americano da defesa, não obteve novas promessas dos líderes israelitas para a promoção da paz e melhoria das relações com os Palestinianos e outros países da região.
O correspondente da VOA em Telavive, Luís Ramirez diz que Leon Panetta teve uma missão difícil e partiu sem convencer os seus anfitriões.
Foi a primeira visita do secretário de defesa americano a Israel. Leon Panetta tentou de tudo para convencer o governo israelita dos riscos do seu isolamento internacional se mão melhorasse as relações como os países da região depois da onda de revoluções populares que varreu o Médio Oriente e o Norte de África.
Na sua declaração ainda a caminho de Telavive, Panetta disse que os Estados Unidos desejam apoiar Israel as relações actualmente em crise com o Egipto e a Turquia.
“Está mais do que claro que neste dramático momento no Médio Oriente, quando têm havido muitas mudanças, não seria de nada favorável a Israel ficar isolado – e é isso que se está a passar.”
Durante a sua visita a Israel, Leon Panetta recebeu na Segunda-feira um cordial acolhimento do ministério da defesa, e uma respeitosa saudação do ministro da defesa Ehud Barak.
“Eu concordo plenamente que temos que encontrar todas as vias razoáveis e claras para atenuar as tensões com a Turquia, com o Egipto, de forma a retomarmos as negociações de maneira sincera e efectiva com os Palestinianos.”
Mas o ministro da defesa israelita não fez novas promessas.
“É claro que no mundo existem aqueles que gostariam ver Israel numa situação de isolamento e é claro que temos a responsabilidade de tentar moderar, e atenuar as tensões com todos os nossos vizinhos.”
O ministro israelita da defesa disse que o seu país está pronto para negociar e deseja o regresso incondicional dos Palestinianos a mesa de negociações.
Ehud Barak criticou a liderança palestiniana por ter solicitado unilateralmente o reconhecimento como Estado de pleno direito das Nações Unidas, afirmando que esta acção prova a ausência de limites da capacidade dos palestinianos em navegar pelo do mundo.