O actual impasse negocial sobre a questão de Cabinda, a desestruturação da resistência armada e a desarticulação da sociedade civil não representa o fim das aspirações e da autodeterminação dos Cabinda, diz o antigo vigário geral da diocese de Cabinda Raul Tati em entrevista a voz de América.
O ambiente político reinante no enclave representa no dizer do sacerdote o amadurecimento da consciência ideológica do povo na luta pela autodeterminação dos cabindas em relação a Angola.
A luta dos Cabindas pela sua independência afirma Raul Tati é um direito que não vai acabar e o povo não está desanimado apesar do actual impasse político.
Com a assinatura do memorando de entendimento entre o governo com uma facção militar liderada por António Bento Bembe, o braço armado militar da resistência foi debilitado e desestruturada. Apesar desta situação crítica da situação de Cabinda, Raul Tati diz existirem outras armas para a luta pela autodeterminação dos Cabindas.
A presença angolana em Cabinda segundo o sacerdote não é eterna e, apesar da manifesta falta vontade negocial do governo o antigo vigário geral da Diocese de Cabinda acredita que cedo ou tarde o problema terá uma solução.
E a esperança no dizer de Raul Tati passa pela independência de Cabinda.