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Ex-seguranças de estado angolanos insatisfeitos com o MPLA


Cidade de Benguela
Cidade de Benguela

Mais de três mil efectivos da antiga Segurança de Estado (MINSA), em Benguela, tencionam realizar uma manifestação anti-governamental para exigirem das autoridades angolanas as suas reformas que aguardam há 19 anos.

Mais de três mil efectivos da antiga Segurança de Estado (MINSA), em Benguela, tencionam realizar uma manifestação anti-governamental para exigirem das autoridades angolanas as suas reformas que aguardam há 19 anos.

Numa carta dirigida ao primeiro secretário provincial do MPLA em Benguela, Armando da Cruz Neto, os integrantes da Associação de Ex-Membros da Segurança de Estado (ASPAR), acusam o vice-presidente e o secretário-geral do partido no poder, nomeadamente, Roberto de Almeida e Julião Paulo “Dino Matross” de estarem a estagnar o processo de desmobilização dos ex-agentes da secreta angolana e a sua integração nas estruturas da assistência social.

No documento a que Voz da América teve acesso, os revoltados exigem o afastamento imediato de Paulo Rangel da actual presidência da Associação em Benguela, alegadamente por colaborar com aqueles responsáveis do Comité Central do MPLA.

Em declarações a VOA, Francisco Viena, secretário provincial do Bloco Democrático, defendeu a necessidade da resolução do problema, alegando que a não reposição dos direitos dos protestadores pode afectar o processo de consolidação paz e reconciliação nacional em Angola.

“ A repartição justa e equilibrada do rendimento nacional e da riqueza do país são factores de estabilidade do nosso país” disse Viena, para quem “a não satisfação desse desiderato pode trazer para o país o ambiente de insatisfação que pode afectar a paz no país.”

“ A paz militar já existe, mas a paz social está muito longe da sua realização, na medida em que aqueles que governam o país fazem do património colectivo o património privado.”

Já numa outra carta enviada às estruturas centrais do partido no poder, os antigos agentes dos serviços secretos lamentam as condições em que vivem, sublinhando que muitos dos quais têm caído em frustração e morte por falta de reconhecimento das autoridades angolanas.

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