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Os segredos da operação para matar Bin Laden


Marines numa base americana no Afeganistão, acompanham o discurso do Presidente Barack Obama
Marines numa base americana no Afeganistão, acompanham o discurso do Presidente Barack Obama

Quatro helicópteros e operacionais da Marinha e da CIA estiveram envolvidos numa operação preparada a partir de Março

A administração Obama, não perdeu desde então a oportunidade para dar mais detalhes sobre a morte de Bin Laden.

A operação foi conduzida pelas forças especiais, principalmente pelos Seals e a CIA não durou mais de 40 minutos.

Membros do governo americano descreveram a operação que conduziu a morte de Bin Laden como um perigoso ataque cirúrgico. Era 1:15 da madrugada de Domingo para Segunda-feira no Paquistão, quando uma brigada de Seals, força especial da Marinha americana e agentes da CIA cercaram o complexo residencial do líder terrorista.

Quatro helicópteros sobrevoam a residência, enquanto as tropas comandos vão se aproximando do alvo. Era o início do assalto para a captura de Bin Laden.

Começa então trocas de tiros durante vários minutos no solo e em direcção aos helicópteros.

A operação estava a ser dirigida pela CIA desde Langley no Estado da Virgínia.

Bin Laden e os seus guardas resistem ao ataque, mas 40 minutos mais tarde o assalto termina com a morte do líder terrorista. Bin Laden foi morto com uma bala na cabeça.

Quatro outras pessoas teriam sido mortas no confronto: um dos filhos de Bin Laden, dois homens dados como prováveis mensageiros, e uma mulher que foi usada como escudo humano. Duas outras mulheres ficaram feridas igualmente.

O corpo do líder da al-Qaida é recuperado pelos militares americanos, foram feitos testes ADN, e os seus restos mortais foram lançados no alto mar.

As forças americanas estavam na pista de Bin Laden desde Agosto do ano passado. Foi a partir de 14 de Março que o plano de ataque viria finalmente a ser detalhado com o presidente Obama mas foi na passada Sexta-feira que o presidente deu a ordem para agir. Os militares eram favoráveis ao bombardeamento do complexo, mas o presidente preferiu o assalto.

Os serviços secretos americanos tinham estabelecido a ligação entre Bin Laden e um dos seus mensageiros há cerca de 10 anos. O homem teria sido denunciado por um dos prisioneiros de Guantánamo, mas foram precisos 4 anos para o localizar e 2 para confirmar de que operava no Paquistão. E em Agosto do ano passado foi localizado o complexo residencial de Bin Laden de Abbottabad, onde vivia o mensageiro e os seus aliados.

Com um cercado de murro e de arame farpado a uma altura de 5 metros, o complexo dispunha de apenas duas entradas com um forte dispositivo de segurança. No interior, um edifício principal de três andares dispunha de poucas janelas com vista para o exterior, e o seu terraço era protegido de olhares indiscretos por um murro de 2 metros de altura. O complexo não dispunha de telefones e nem de internet e o lixo produzido era queimado ali mesmo. Todos esses detalhes foram suficientes para alimentar as suspeitas americanas, acrescida ao facto da mesma residência estar localizada numa cidade militar, e à 700 metros de uma academia das forças armadas paquistanesas.

A administração americana levou meses de investigações para provar de que se tratava mesmo do esconderijo de Ossama Bin Laden, e protegeu o segredo até ao último minuto. Nenhum país foi informado e mesmo no seio do governo de Obama poucos é que estavam ao corrente da operação.

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