Na Guiné Bissau aumenta a inquietação devido ao drástico aumento de preços dos produtos de primeira necessidade.
A Associação de Consumidores da Guiné Bissau planeia realizar na próxima semama uma marcha para protestar contra esses aumentos que deverá culminar com um encontro com primeiro ministro Carlos Gomes Júnior.
O sindicato dos funcionários públicos quer também aumentos salariais para compensar pelo aumento dos preços dos produtos básicos.
O nosso correspondente Lassana Cassamá disse-nos que nos últimos tempos têm aumentado as críticas ao governo pela sua falta de acção neste capítulo.
"Inércia e passividade" são algumas das palavras usadas para criticar o governo guineense.
Alguns analistas afirmam contudo que o governo guineense faz face a decisões difíceis pois quer evitar impôr medidas administrativas para controlar os preços o que pode resultar na falta de incentivos para a sua comercialização.
O sindicatos e a associação de consumidores afirmam contudo que a "livre concorrência não implica a anarquia no mercado".
Na semana passada houve uma reunião entre o governo e "operadores económicos" onde o governo apelou aos comerciantes para tentarem atenuar as subidas dos preços.
O presidente da Guiné-Bissau, Malam Bacai Sanhá, afirmou hoje ser uma tendência mundial o atual aumento de preço de produtos alimentares que se verifica agora no país e que tem motivado a reação da população nos últimos dias.
O presidente guineense, que respondia às perguntas dos jornalistas no final de uma visita ao Supremo Tribunal de Justiça e a alguns tribunais de círculo de Bissau, considerou que na Guiné-Bissau a subida dos preços até aconteceu mais tarde do que noutros países devido à ação do governo.
Ouça a conversa que mantivemos com o nosso corrrespondente Lassana Cassamá sobre esta questao
Presidente diz que situação é "tendência mundial".