A dependência externa abre as portas á corrupção e á perguiiça e torna o país "dependende em tudo", avisou o Grupo Moçambicano da Dívida.
A declaração foi feita á margem de um seminário regional de parlamentares da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral que estão a discutir a implementação da declaração de Accra, sobre os mecanismos de diálogo para a eficácia da ajuda externa .
Nesse encontro Moçambique foi elogiado pelo modo como tem aplicado esses mecanismos de diáligo sobre a ajuda externa levando a uma maior eficácia damesma.
O seminário é organizado pela AWEPA, o fórum de parlamentares europeus, e vai passar em revista a implementação da declaração de Accra, sobre o envolvimento dos parlamentares para tornar a ajuda externa mais eficaz e melhor gerida, onde cada país vai apresentar as suas evidências.
Firmino Mucavele, antigo Secretário Executivo da SADC, disse que a expri~encia moçambicana neste campo é "boa".
"Temos o G-19, o grupo de países que financiam o orçamento geral do estado e há uma experiência de programar a ajuda, controlar os mecanismos de utilização e envolvimento do parlamento e grupos da sociedade civil, contido, há necessidade de aprimorar a situação, sobretudo no que diz respeito às ajudas canalizadas para algumas organizações não governamentais," disse.
O Grupo Moçambicano da Dívida (GMD), em nome das organizações da sociedade civil nacional apresentou hoje um parecer que reconhece avanços no envolvimento de todos os actores sociais no diálogo sobre a questão da dívida externa, contudo, defende a necessidade de não torná-la num ciclo vicioso para o país.
Segundo o economista Humberto Zaqueu, oficial de advocacia do GMD o país precisa de uma agenda de médio prazo, para que deixe de depender da ajuda externa, o que passa pela definição de programas de acção que resolvam, gradualmente, parte das necessidades actualmente cobertas pela ajuda externa .
Ouça a reportagem do William Mapote
Moçambique elogiado pelo diálogo interno que torna ajuda mais eficaz