No Japão a crise nuclear desencadeada pelo terramoto da semana passada está a agravar-se cada vez mais. De facto, a radioactividade em redor da central nuclear de Fukushima atingiu um valor tão elevado que obrigou mesmo à evacuação temporária dos técnicos que lá se encontravam tentando controlar a situação.
Vive-se entretanto um ambiente caótico no aeroporto de Tóquio com muitos estrangeiros tentando deixar o país.
Pelo menos 3 reactores da central nuclear de Fukushima, danificada pelo sismo, estão a emitir elevados níveis de radiação para atmosfera na sequência de incêndios causados pelo colapso dos seus sistemas de arrefecimento.
Na sequência do sobreaquecimento as cúpulas que protegem alguns dos reactores abriram fissuras deixando escapar para a atmosfera a radiação dos núcleos em reacção descontrolada.
Hoje, numa tentativa desesperada para arrefecer os reactores a força aérea japonesa estava a preparar-se para usar helicópteros para despejar água em cima das instalações, mas, a radiação era tão elevada que a missão teve que ser abortada.
Ao fim do dia cerca de 50 técnicos puderam contudo regressar às instalações para continuar a bombear água do oceano para os núcleos dos 6 reactores de Fukushima.
Justificando a decisão, o ministério japonês da saúde afirmou que tinha decidido aumentar o nível limite legal de exposição à radioactividade de modo a permitir a sua presença prolongada.
Quanto aos residentes num raio de 30 km em redor continuam fechados nas suas residências bem vedadas tentando evitar a radiação.
Tratou-se portanto de mais um dia de extrema ansiedade no Japão tal como nos referiu há momentos, a partir de Tóquio, o enviado especial da televisão portuguesa SIC, Anselmo Crespo. Ouça os pormenoresna Voz da América.
No Japão a crise nuclear desencadeada pelo terramoto da semana passada está a agravar-se cada vez mais.