Intervencionismo americano em África
O Professor Antonio Gaspar, docente no Centro de Paz e Conflitos do Instituto de Relações Internacionais de Moçambique em Maputo, disse que o envio americano de uma centena de militares ao Uganda e a abertura de uma base aérea para aviões-drones no sul da Etiópia, são as premissas do ambicioso projecto americano AFRICOM.
Antonio Gaspar corrobora as criticas africanas sobre o intervencionismo militar americano no continente e dá razão as analises que poem a nú o carácter unilateral dessas operações militares dos Estados Unidos, nomeadamente ao nível da Somália, onde deviam reforçar o contigente das União Africana em vez de instalar uma força a partir da Etiópia.
Washington tinha anunciado há três semanas o envio de uma centena de operacionais das forças armadas para o Uganda a fim de ajudar na guerra contra o Exercito da Libertação do Senhor – LRA de Joseph Kony.
Há pouco dias a admnistração americana anunciou a abertura de uma base aérea no sul da Etiópia de onde iria operar os drones que deverão intervir nas operações militares na Somália.
Estes anúncios relançaram as preocupações sobre o intervencionismo militar americano em Africa e as consequências dessa politica criticada por lideres africanos e elite intelectual como prejudicial e susceptivel de fazer do continente mais um campo de batalha.
É sobre esses e demais outros problemas tais como o carácter tardio e disperso dessas operações assim como os limites da acção militar americana que nos fala o Professor António Gaspar,
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