As vítimas das enxurradas no Namibe ainda a viver ao relento, começam assim a ver luz verde no fundo do túnel. Oito meses depois das enxurradas de 4 de Março do ano em curso que devastaram terras aráveis e destruíram casas, deixando ao relento cerca de 18 mil pessoas, os sinistrados poderão receber apoios da Presidência da República.
Agora que em algumas localidades da Província do Namibe começa a chover com alguma intensidade, também aumenta a preocupação do executivo de Cândida Celeste da Silva que diz não ter outra solução imediata, se não providenciar tendas as três mil famílias, pelo menos antes do aniversário da independência «dia 11 do presente mês de Novembro».
A não concretização do projecto de construção de residências que deviam ter início na primeira quinzena do passado mês de Agosto, anunciado pelo executivo local, devido a falta de dinheiro, coloca os sinistrados entre o cepticismo e o optimismo em torno das novas promessas, mas a governante que os próximos dois meses serão derradeiros para a vida destas comunidades que perderam tudo o que tinham.
«Nós já remetemos o projecto a uma empresa para a casa modelo, acho que dentro de alguns meses, vamos iniciar com as obras dos sinistrados brevemente, embora não consigamos isto nos próximos dois meses. Mas, já temos tendas para assegurar provisoriamente os sinistrados, muitas tentas mesmo, que vão ser montadas antes do dia 11 de Novembro, para cobrirmos minimamente algumas famílias», realçou a governante do Namibe.
A boa nova foi anunciada pela governante, no final da jornada de campo que realizou no Município do Namibe. Cândida Celeste da Silva garantiu que além das tendas já asseguradas para três mil famílias ou universo de 18 mil pessoas, uma delegação de altos funcionários da Presidência da Republica, área social é aguarda nesta província, para assinatura do protocolo que visa financiar a construção de residências da população vítima das enxurradas de Março passado.
«Felizmente temos o apoio de alguns empresários, de pessoas amigas que estão preocupadas com este nosso problema, as obras vão mesmo arrancar, tanto é que chega a nossa província, vamos receber uma delegação vinda do gabinete da presidência para área social, a camarada Rosa Pacavira, “Secretária” ela não vem, mas mandou uma delegação de alto nível para assinarmos parte dos acordos» anunciou.
Cândida Celeste aproveitou a oportunidade para esclarecer ao certo as razões que estão na base da revolta anti-governamental no Município do Namibe. A Governante alega ter constatado indícios de oportunismo e negócios.
«Há cidadãos que requerem dois há três terrenos para depois procederem o trespasse ilegalmente, motivados pelo lucro fácil», esclareceu.
A situação neste momento voltou á normalidade, segundo a governadora do Namibe, há terreno para todos os cidadãos, desde que não haja ambição desmedida de negócios.