Angola: Penitenciária do Namibe garante segurança alimentar

Centro prisional de São Nicolau, na província do Namibe

Na província do Namibe, a produção agrícola do centro prisional do Bentiaba vai ajudar a reduzir défice alimentar na região.

Na província do Namibe, a produção agrícola do centro prisional do Bentiaba vai ajudar a reduzir défice alimentar na região agravado pela devastação das terras aráveis dos principais vales agrícolas do Namibe em consequência das recentes cheias.

O engenheiro agrónomo Pedro Jacinto da Costa, encarregado pela produção agrícola do campo prisional, garantiu que cerca de seiscentas e quarenta toneladas de produtos diversos estão asseguradas para a dieta alimentar da população no presente ano agrícola.

Pedro Jacinto da Costa, engenheiro agrónomo responsável pela exploração agrícola em São Nicolau

«A produção aqui no campo prisional do Bentiaba vai bem, temos um programa proposto pela direcção do estabelecimento prisional onde temos uma previsão de produção de seiscentas e quarenta e quatro toneladas de produtos diversos, com realce para batata, cebola e repolho» esclareceu aquele responsável.

Confirmou por outro lado o compromisso assumido com autoridades governamentais da província em aumentar a produção para colmatar o défice alimentar que se regista na província, resultante da devastação dos campos agrícolas por enxurradas.

Centro prisional de São Nicolau, na província do Namibe

O director da Unidade prisional de São Nicolau, Tchinhama Samuel Jamba garantiu entretanto que os reclusos recebem subsídio pelo trabalho que realizam: «nós, até aqui temos estado a cumprir com o pagamento dos subsídios de comparticipação dos reclusos nas campanhas agrícolas. No final de cada campanha agrícola, todos os reclusos envolvidos na jornada agrícola, recebem o que lhes é devido, o que chamamos de prémio de participação.

Mil noventa e três reclusos são o número da população penal de São Nicolau também conhecido por Cadeia do Bentiaba, oriundos dos vários pontos do país, cumprindo penas maiores ou seja acima de dois anos de prisão. Quatrocentos e vinte e três destes reclusos, frequentam aulas, desde de a alfabetização à décima segunda classe.

Ouça a reportagem do Armando Chicoca.