A Frente de Libertação do Enclave de Cabinda, FLEC, está sendo responsabilizada pela população pelo desaparecimento e assassinato de civis no interior da província assim como de cabindenses exilados na vizinha república do Congo-Brazzavile.
O mais recente episodio, segundo denúncias de familiares, ocorreu na semana passada, na região de Kuilou no Congo-Brazaville, nas proximidades da comuna de Miconje, onde um cidadão cujo nome não foi identificado foi assassinado a tiro pela guerrilha separatista por alegada traição e envolvimento no rapto de chefias militares da FLEC pelas forças governamentais.
De acordo ainda com familiares, a vítima foi surpreendida por um grupo de homens armados alegadamente pertencentes à FLEC que de seguida o alvejaram.
Era supostamente identificada pela FLEC como colaborador das forças governamentais por denunciar os movimentos dos separatistas naquele país vizinho, afirmou um familiar no local do velório num bairro periférico da cidade de Cabinda.
Na sequência do conflito separatista em Cabinda, vários civis foram torturados, desapareceram e muitos outros foram assassinados pelas forças governamentais e da guerrilha, segundo relatórios dos direitos humanos de várias organizações internacionais.
A população de algumas zonas do interior é impedida de frequentar as lavras, caçar e pescar nos rios sob pretexto de alimentar os beligerantes, acrescentam alguns desses relatórios.
Sempre que ocorrem confrontos militares a população é sempre vitima de represálias por alegada cumplicidade.
O certo é que apesar das várias denúncias de ocorrência de assassinatos e violação dos direitos humanos em Cabinda nenhum militar quer da FLEC quer das forças governamentais foi levado a julgamento por matar civis inocentes.
Ouça a reportagem do José Manuel colaborador da VOA em Cabinda.