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Brasil: "Correios de droga" detidos quando tentavam viajar para Luanda


Vários quilos de cocaína foram apreendidos no Brasil, a caminho de Luanda
Vários quilos de cocaína foram apreendidos no Brasil, a caminho de Luanda

21 nigerianos e um cidadão da Guiné-Bissau tentavam embarcar para Luanda, no aeroporto de São Paulo, com cocaína escondida nos intestinos.

A polícia federal brasileira anunciou que 21 nigerianos e um cidadão da Guiné-Bissau, tentaram deixar o Brasil com cocaína escondida no estômago.

O grupo foi preso na segunda-feira passada no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo quando tentava embarcar para Angola. Os africanos foram presos quando estavam na fila para despachar a bagagem.

Segundo a polícia federal, depois de atitudes suspeitas, eles foram levados para avaliação em um equipamento de raio x que detectou a presença de objectos estranhos no aparelho digestivo dos estrangeiros.

Um dos presos levava mais de 2 kg de cocaína no corpo. O grupo foi observado durante várias horas até que a droga revestida em plástico fosse expelido e o crime configurado. Um dos detidos teve que ser submetido a uma cirurgia para retirada das cápsulas de cocaína.

Todos os 22 africanos devem ficar em centros de detenção provisória no Brasil até ao julgamento e devem cumprir pena no país, como explicou o delegado da polícia federal, Wagner Castilho: “eles cumprem a totalidade da pena no Brasil e no último dia da pena são escoltados até o aeroporto e só aí é expulso. Eles não poderão mais reingressar sob pena de cometer outro crime.”

Casos como esse são cada vez mais vistos no Brasil. Pessoas de várias nacionalidades tentam fazer a rota de drogas para a Europa, passando pelo território brasileiro, levando cocaína no próprio corpo.

Esses traficantes internacionais ignoram o grave risco que a ingestão da droga oferece. Como lembra o médico toxicologista Ricardo Teixeira, “a ingestão das drogas no papelote oferece risco iminente de morte caso esse papelote se abra. Já aconteceram mortes em voos internacionais de indivíduos que portam drogas no intestino. Essas pessoas têm a falsa noção de segurança de que a embalagem da droga vai proteger ou acham que a ingestão da droga por via oral não representa perigo,” afirmou ele.

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