A UNITA rejeitou a resolução que aprova o relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito, CPI, sobre alegados actos de intolerância política, alegadamente por escamotear as verdades dos factos.
A CPI concluiu que os assassinatos denunciados pelo maior partido na oposição, ocorridos no Huambo, não resultaram de intolerância política mas sim de crimes de fórum comum relacionados com práticas de feitiçaria.
Libety Chiyaca, secretário provincial da UNITA no planalto central afirmou à “Voz da América” que a resolução é falaciosa.
A Comissão Parlamentar de Inquérito revelou que os incidentes registados na localidade resultaram de orientações transmitidas pessoalmente por dirigentes da UNITA, através de documentos subscritos por responsáveis nacionais e provinciais.
“Nós desafiamos a CPI a apresentar provas dessas fábulas” afirmou Chiyaca, acrescentando que “ é pena que a CPI tenha gasto tanto dinheiro do estado, tanto dinheiro dos angolanos para chegar a conclusões que não contribuem para o verdadeiro aprofundamento da democracia e a verdadeira reconciliação nacional.”
O político referiu ainda que, durante a fase inquérito, o seu partido entregou à CPI um documento que prova como a intolerância política tem sido orientada pelas autoridades locais da província.
Quando confrontado com a recomendação da resolução que insta a UNITA para que se dispa da sua postura tradicional usada durante o conflito armado e se assuma como um partido clássico, o dirigente partidário disse que a sua organização dispensa o convite feito pelo partido no poder, reafirmando o seu compromisso na criação de um estado de direito e democrático.
Libety Chiyaca considera falaciosa a atribuição de ataques contra militantes da UNITA à feitiçaria