Dois cidadãos de nacionalidade chinesa e um moçambicano estão detidos em Maputo por suspeita de pesca ilegal e tráfico de espécies marinhas protegidas na costa nacional.
O grupo foi detido após uma denúncia feita às autoridades que tutelam o sector da pesca dando conta da existência, num dos bairros mais luxuosos da capital moçambicana, de uma fábrica de processamento ilegal de espécies marinhas.
Da visita realizada à residência em causa, as autoridades da inspecção apreenderam enormes quantidades de espécies marinhas em processamento, como nos referiu um dos membros da equipa de direcção nacional de Pescas.
Neste momento decorrem investigações para apurar os contornos desta operação, que se acredita, envolva uma rede de cidadãos chineses que contando com a conivência de moçambicanos.
Dados preliminares indicam que os produtos teriam como destino a República Popular da China, onde parte destes, constituem iguarias muito apreciadas e com um valor comercial muito elevado.
A questão de tráfico envolvendo cidadãos chineses está do resto no topo da actualidade dos últimos dias na imprensa e debates ao nível nacional.
Um dos casos mais falados, tem a ver com o tráfico de mais de 450 contentores de madeira diversa, alguma das quais, preciosa, que foi retida na semana finda no porto de Nacala, quando estava prestes a ser ilegalmente exportada para a China.
Ainda não há detidos em ligação com o caso, mas o jornal "Savana", avança na edição desta sexta feira, o envolvimento de dois generais do partido Frelimo neste negócio.
Ouça a reportagem do William Mapote.
A China seria o destino final daquelas espécies protegidas.