A jornalista e escritora santomense, Conceição de Deus Lima lançou no inicio de Março o seu terceiro livro de poesias – “O país de Akendengué” – em homenagem ao músico, poeta e filosofo pan-africanista Pierre Akendengué.
O livro é editado pela Editora Caminho e o seu título é antes de tudo, um convite ao reencontro com uma riquíssima e invejável discografia africana de Akendengué.
A música de Peirre Claver Akendengué o músico, filosofo e poeta pan-africanista gabonês não precisa de apresentações no vasto universo musical e muito menos em África.
Na sua longa carreira artística, Akendengué soma 19 trabalhos discográficos dos quais o primeiro álbum - Nandinpo - registado em 1974 consta entre os 50 albuns essenciais da música africana da World music vibrations uma revista franco-suiça sobre a música.
Akendengué sempre somou sucessos que o fazem de uma figura lendária e uma das maiores referências da música africana e objecto de paixão e de estima de muitos como a jornalista santomense Conceição Lima, que acaba de publicar um livro de poesias “O país de Akendengué” dedicado a sua expressão musical universal.
“O país de Akendengué” metaforiza a África e retalha a vivencia poética de Conceição Lima desde a adolescência até ao presente. É também um espaço de recolha e de contactos abreviados e através de versos com aqueles a autora apelidou de fantasmas elementares da história política e cultural africana.
Trata-se do terceiro livro de Conceição Lima depois do “Utero da Casa” e “A dolorosa Raiz do Micondó” publicados em português e alemão pela Editora Delta de Frankfurt. É uma manta de retalhos com poemas de homenagem a Sophia de Mello Brayner, Francisco José Tenreiro, Amílcar Cabral e vários outros nomes sonantes de literatura universal.