O presidente da Guiné-Bissau, Malam Bacai Sanhá, regressou ao país após mais de duas semanas de tratamento médico no Senegal.
Segunda-feira, deu posse aos novos membros do governo nomeados numa remodelação; a posse foi atrasada devido à sua ausência, por motivos de saúde..
À sua chegada ao aeroporto de Bissau, no fim-de-semana, Sanhá não prestou declarações à imprensa, mas no final da semana passada emitiu um comunicado em que se distanciou de uma oferta do primeiro-ministro, Carlos Gomes Junior, para conceder asilo político ao deposto líder líbio, Muammar Kadhafi, se este o solicitasse.
Malam Bacai Sanhá manifestou disponibilidade para intensificar o diálogo com as novas autoridades líbias, assim como dar passos no sentido do reforço das relações entre os dois países.
A presidência sublinhou que "após ponderada análise da situação política prevalecente na Líbia, bem como das recentes declarações do primeiro-ministro, nas quais manifesta a disponibilidade do Governo para acolher, em território nacional o coronel Muammar Khadafi (...), a Presidência, preocupada com a interpretação que tem sido dada a tais declarações em diversos setores da comunidade internacional, reputa importante esclarecer que a Presidência não acompanha as mencionadas declarações", lê-se no comunicado.
Organizações da sociedade civil afirmam que as declarações do primeiro-ministro estão de acvordo com "o sentir" soa guineenses, dados o apoio de Kadhafi ao país, mas manifestaram receio de reacção negativa da comunidade internacional, de quem o país depende para assistência de vária ordem.
Malam Bacai Sanhá deslocou-se a Dacar, por sugestão dos seus médicos, para realizar alguns exames de rotina que, segundo a presidência guineense, “não podem ser feitos na Guiné-Bissau devido à falta do equipamento necessário”.