Vinte e sete jovens detidos num protesto contra o julgamento de outros manifestantes foram absolvidos pelo Tribunal em Luanda..
O ministério público tinha pedido ao juíz a absolvição de todos os arguidos, com excepção de Mfuka Muzemba, o líder da juventude da UNITA, e de outro jovem, Abrão Muindo.
O juíz entendeu que não foi apresentada prova suficiente dos crimes que pendiam sobre os jovens: desordem, ruído, tumulto, desobediência e danos.
Os advogados manifestaram alguma surpresa com o facto de os arguidos terem sido todos libertados, dado o tratamento desigual entre estes e os condenados pela manifestação de 3 de Setembro, sendo que a matéria de prova em ambos os casos era semelhante.
Um dos advogados disse não saber se o juíz decidiu em termos puramente legais, ou se o veredicto se destinava a não agravar as tensões suscitadas pelo julgamento anterior, em que 21 arguidos foram condenados a penas de prisão que variavam três os meses e os 45 dias de prisão.