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Angola: A revolta dos jovens


Alguns manifestantes transportavam cartazes
Alguns manifestantes transportavam cartazes

As recentes manifestações foram levadas a cabo fundamentalmente por jovens angolanos.

As autoridades angolanas têm vindo a confrontar-se nos últimos meses com manifestações de rua levadas a cabo fundamentalmente por jovens.

Trata-se de um segmento importante da população que começa a dar sinais de insatisfação pelos métodos de gestão do governo liderado pelo MPLA no poder desde a independência do país.

A última manifestação em Luanda no inicio do mês traduziu-se por escaramuças entre jovens e a polícia que se saldaram pela prisão de dezenas de manifestantes.
Seguiu-se um controverso julgamento em Luanda no qual os réus Dionísio Gonçalves Casimiro “Carbono”, Francisco Jamba “ Kassaluka”, Afonso Matias, Bernardo António Pascoal e Alexandre Dias dos Santos foram condenados a três meses de prisão efectiva por prática, segundo o Ministério Público, de crime de resistência, desobediência, ofensas corporais e danos.

Onze outros réus foram condenados a pena de 45 dias de prisão efectiva.

Apesar de terem sido condenados a 45 cinco dias de prisão, Quintino da Costa “Kilson” e Mário da Silva, viram as suas penas serem suspensas, beneficiando da condição de menores de 21 anos, segundo o juíz.

Três outros, nomeadamente Ermelinda da Conceição Freitas, Bruno Luís da Silva e Kady Mixinge, foram absolvidos, por não ter sido provado o seu envolvimento nos supostos crimes.

Os advogados dos manifestantes condenados em Luanda apresentaram entretanto recurso às autoridades angolanas e vão participar do julgamento à Comissão Africana dos Direitos Humanos,David Mendes e William Tonet descreveram o julgamento como "absurdo", uma "tragicomédia" e criticaram o comportamento do juíz Adão Damião.

Em declarações à Voz da América, Tonet disse que as condenações dos seus clientes "são políticas e sem qualquer base legal". Adiantou que o tribunal pretendeu "atemorizar" os angolanos para que não se verifiquem mais manifestações.

Panguinho de Oliveira conversou acerca desta questão com o activista cívico Bernardo Castro e com o Advogado Yannick Bernardo.

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