“Bantuismo na construção poética de Agostinho Neto” foi tema de uma palestra realizada esta semana na capital angolana no âmbito das festividades alusivas ao 17 de Setembro, Dia do Herói Nacional.
O acto aconteceu na União dos Escritores Angolanos, UEA, em Luanda. Simão Souindoula Historiador angolano e consultor do Centro Internacional das Civilizações Bantu realçou os aspectos mais marcantes da cultura Bantu na poesia daquele que foi também o primeiro presidente de Angola.
De acordo com os especialistas, Agostinho Neto, nascido no início dos anos 20 numa zona rural onde a língua é o kimbundo, sempre assumiu a carga antropológica adjacente ao idioma bantu.
Segundo o historiador, o primeiro presidente angolano incluía, na sua obra vários bantuismos que influenciaram as condições fundamentais da política cultural pós-independência de Angola.
António Agostinho Neto nasceu na localidade de Kaxicane, Província do Bengo, a cento e cinquenta km da capital angolana. O kimbundo, língua local, era falada pelo poeta. Agostinho Neto incluiu nas suas obras termos como “Kitanda”, “Kalunga”, “Mussunda”, “Kinaxixi”, “Ingombota” , “Kitandeira”, “Cubata”, “Musseques”, entre outros.
Ouça a reportagem do Pedro Dias.
De acordo com os especialistas, Agostinho Neto sempre assumiu a carga antropológica adjacente ao idioma bantu.