Arao Nhancale foi alvo de uma moção de censura por parte do órgão da Frelimo ao nível da Matola
Em Moçambique, o presidente do município da Matola, Arão Nhancale, ignorou uma orientação da cúpula da Frelimo para renunciar ao cargo até ao dia 24 do mês passado, por alegado mau desempenho.
Nhancale foi eleito edil da Matola, uma cidade satélite da capital moçambicana, Maputo, com o apoio da Frelimo, o seu partido.
Ele recusa-se a renunciar, aparentemente, com o argumento de que foi eleito para aquele cargo pelos munícipes e não foi nomeado, no que pode ser entendido como um desacato e uma violação da disciplina partidária.
Há cerca de dois meses, Arao Nhancale foi alvo de uma moção de censura por parte do órgão da Frelimo ao nível da Matola, alegadamente, devido ao fraco desempenho como presidente daquele município.
Embora haja quem não considere este episódio como um caso extraordinário, o facto é que o mesmo reflecte um certo desconforto nas hostes frelimistas que pretendiam ver uma governação autárquica com resultados.
Matola não tem por onde se pegue, disse João Martins, militante da Frelimo, na Matola, acrescentando que “Arão Nhancale só promete e nunca cumpre”.
Para Alberto Timba, também residente na Matola, Arao Nhancale nem consegue fazer a manutenção das estradas que já existiam. “As coisas não estão a andar bem, todas as estradas da cidade estão cheias de buracos. As estradas que temos hoje são aquelas que foram construídas no tempo colonial e não se constroem novas estradas”, disse.
Segundo informações, a presidente da Assembleia da República, Verónica Macamo, que reside na Matola, e que apadrinhou a eleição de Nhancale para o cargo de Presidente do município, tem manifestado, em privado, um certo arrependimento por o ter feito.
Dentro de dias, a Frelimo vai desencadear um processo de eleição de candidatos a presidentes dos municípios que a 20 de Novembro próximo vão acolher eleições autárquicas, e parece ser um dado adquirido que Arao Nhancale é uma carta fora do baralho. É que ninguém quer que ele se recandidate.
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Ele recusa-se a renunciar, aparentemente, com o argumento de que foi eleito para aquele cargo pelos munícipes e não foi nomeado, no que pode ser entendido como um desacato e uma violação da disciplina partidária.
Há cerca de dois meses, Arao Nhancale foi alvo de uma moção de censura por parte do órgão da Frelimo ao nível da Matola, alegadamente, devido ao fraco desempenho como presidente daquele município.
Embora haja quem não considere este episódio como um caso extraordinário, o facto é que o mesmo reflecte um certo desconforto nas hostes frelimistas que pretendiam ver uma governação autárquica com resultados.
Matola não tem por onde se pegue, disse João Martins, militante da Frelimo, na Matola, acrescentando que “Arão Nhancale só promete e nunca cumpre”.
Para Alberto Timba, também residente na Matola, Arao Nhancale nem consegue fazer a manutenção das estradas que já existiam. “As coisas não estão a andar bem, todas as estradas da cidade estão cheias de buracos. As estradas que temos hoje são aquelas que foram construídas no tempo colonial e não se constroem novas estradas”, disse.
Segundo informações, a presidente da Assembleia da República, Verónica Macamo, que reside na Matola, e que apadrinhou a eleição de Nhancale para o cargo de Presidente do município, tem manifestado, em privado, um certo arrependimento por o ter feito.
Dentro de dias, a Frelimo vai desencadear um processo de eleição de candidatos a presidentes dos municípios que a 20 de Novembro próximo vão acolher eleições autárquicas, e parece ser um dado adquirido que Arao Nhancale é uma carta fora do baralho. É que ninguém quer que ele se recandidate.