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Professores suspendem greve na Huíla


João Francisco, Presidente do Sindicato dos Professores na provincia da Huíla, Angola
João Francisco, Presidente do Sindicato dos Professores na provincia da Huíla, Angola

Governo cedeu a pressão dos educadores e decidiu criar uma comissão conjunta com o sindicato para atender as reivindicações no prazo de 4 meses

Ao fim de oito dias de greve os professores na Huíla decidiram interpolar a partir desta terça-feira a paralisação de actividade docente que vigora no sector da educação desde 29 de Abril.

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Governo e o sindicato provincial de professores acordaram na sequência de negociações ocorridas na última sexta-feira 3 de Maio, a criação de uma comissão a-doc que no prazo de 120 dias terá como tarefa trabalhar na resolução dos problemas levantados no sector.

A mesma negociação decidiu ainda não punir com descontos no salário as faltas marcadas aos professores durante a vigência da greve. Os resultados da negociação foram apresentados em assembleia sábado último aos professores que se preparavam para manifestar-se contra detenção ilegal de dois professores, entretanto, já libertados.

Dirigindo-se aos docentes, o vice-presidente do Sindicato Nacional de Professores, Manuel de Vitória Pereira, advertiu que se trata de uma interpolação e não de levantamento da greve.

“Não é preciso os 120 dias se as coisas não estiverem a andar bem, se as coisas estiveram a andar bem vamos deixar a comissão trabalhar. Agora, uma greve que não tem fim, que não tem data, indeterminada, não facilita o tratamento das coisas que tem um aspecto legal o aspecto burocrático e o aspecto da execução. Por mais que no doa que a greve ser interpolada levantada não anulada não a declaração de greve valeu o caderno reivindicativo valeu não precisamos de um novo, mas vamos interpelar a greve.”

O número dois do SINPROF a nível do país explicou as razões do porquê das aulas retomarem apenas na terça 7 de Maio e não na segunda-feira 6 do mesmo mês.

“Não vai ser na Segunda-feira para esses senhores não ficarem a pensar nem fazerem pensar que foi autoridade deles! Vai ser na terça, é só 24 horas, mas é para mostrar a vossa autoridade a autoridade do professor a autoridade do SINPROF, somos nós que vamos dizer terça-feira podemos ir trabalhar.”

A referida comissão a-doc que vai trabalhar nos próximos 4 meses é coordenada pelo vice-governador para o sector político e social, José Arão, e pelo SINPROF encabeça o secretário provincial João Francisco.

Por de detrás da greve antecedida de duas manifestações de rua, estão de entre outros, vários subsídios legislados mas não pagos, a actualização da carreira docente e a monodocência na quinta e sexta classes.
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