Moçambique apoia candidata africana ao Banco Mundial

Christine Lagarde, directora-geral do FMI, com Ngozi Okonjo-Iweala, ministra das Finanças da Nigéria e candidata á presidência do Banco Mundial.

Ngozi Okonjo-Iweala, ministra das Finanças da Nigéria, já foi directora do Banco Mundial e quer ser agora presidente da instituição

A União Africana declarou apoio formal à candidatura da ministra das Finanças da Nigéria, Ngozi Okonjo-Iweala, à presidência do Banco Mundial. Maputo também apoia aquela candidatura, não apenas por ela ser africana mas porque, no passado, Okonjo-Iweala manteve excelentes relações com Moçambique.

Ngozi Okonjo-Iweala, foi directora do Banco Mundial antes de regressar há cerca de seis anos à Nigéria como ministra das Finanças (cargo que já tinha ocupado antes). Durante esse período, estabeleceu boas relações com Moçambique que agora dão fruto.

Ao justificar o apoio do governo moçambicano aquela candidata, o vice-ministro das Finanças, Pedro Couto, disse que, por ser africana Okonjo-Iweala vive os problemas africanos.

Couto adianta: "Não que os anteriores dirigentes não olhassem para a África, mas a nossa candidata é africana e vive os problemas do continente, por isso pode ser a pessoa em condições de melhorar as parcerias que precisamos para desenvolver".

Numa reunião com a União Africana, a candidata prometeu levar o Banco Mundial a aumentar o seu apoio aos “países em desenvolvimento e todos os outros que precisam de apoio para saíram da situação em que se encontram”.

No final da reunião, a União Africana disse, em comunicado, que “face às suas credenciais impecáveis a Dra. Ngozi Okonjo-Iweala é a melhor candidata” à presidência do banco.

Pela frente, a candidata africana tem dois concorrentes. José António Ocampo, presentemente professor universitário nos Estados Unidos, foi presidente do banco central e ministro das Finanças da Colômbia.

Jim Yong Kim, é presidente de uma universidade americana e o candidato proposto pelos por Barack Obama que o descreve como o mais bem qualificado, devido à sua experiência não em finanças, mas em matéria de desenvolvimento e saúde pública. Kim fundador de uma ONG e ex-director para o HIV/SIDA da OMS, é apoiado pelo Ruanda e, como contrapartida pelo apoio de Washington à directora do FMI que é europeia, pelos países europeus.

A escolha será feita pelo Conselho Directivo do Banco Mundial, antes da sua reunião da primavera com o FMI, marcada para 20 de Abril próximo.