O Papa Bento XVI chegou hoje a Cuba para uma visita de 3 dias onde Papa prometeu ajudar na reforma política.
A sua chegada o Sumo Pontífice foi recebido pelo presidente cubano, Raul Castro no aeroporto da cidade de Santiago.
A sua visita marca os 400 anos da Santíssima Virgem El Cobre, um ícone venerado por muitos cubanos.
O papa Bento XVI chegou hoje a Cuba sob o signo de aproximação e com uma missão pessoal “ajudar a construir um diálogo construtivo para evitar os traumatismos.” Esta nova incumbência pessoal do Sumo Pontífice e para com Cuba foi por ele revelado ainda no México e enquadra-se no contexto de que a Igreja cubana tornou-se num interlocutor político principal do governo de Havana. Bento XVI sublinhou que “evidente que a igreja está sempre do lado da liberdade da consciência, da liberdade da religião”, e assegurou que actualmente em Cuba, “simples fiéis católicos contribuem para o avanço.”
O Papa justificava assim a sua declaração sobre Cuba segundo a qual a ideologia marxista “com base na sua concepção já não responde a realidade” e que “convém encontrar novos modelos.”
Nesta sua visita a Cuba, Bento XVI teve a primeira paragem no Santuário da Virgem de El Cobre, próximo da cidade de Santiago onde é assinalado o 4º centenário do surgimento da grande imagem histórica da padroeira.
Há quatro séculos uma estátua de cobre da Santíssima Virgem foi encontrada no mar. Diz a legenda que após a sua recuperação a mar amainou e tornou-se menos tempestuoso.
O Santuário viria a ser construído mais tarde em 1920 nos subúrbios de Santiago e desde então tem sido um dos locais de devoção dos católicos cubanos e turistas. Até mesmo Ernest Hemingway dedicou o seu Prémio Nobel de Literatura a Nossa Senhora de El Cobre.
Desde o início do mês que cartazes de Bento XVI ornamentam os muros da capital cubana. Os órgãos de imprensa oficiais vêm multiplicando as mensagens de boas-vindas ao Sumo Pontífice. Contudo a visita parece não suscitar grande agitação entre os cubanos. Num país onde apenas 10 por cento da população é católica praticante e as missas frequentadas essencialmente por pessoas idosas, o prelado local queixa-se que os jovens na sua maioria preferem ir as igrejas evangélicas que celebram missas ao som de tambores e guitarras eléctricas.
Analistas afirmam que se a visita de João Paulo II a Havana em 1998, há 14 anos suscitou a esperança actualmente os cubanos perderam a ilusão. A Igreja Católica Cubana é acusada de ter apoiado o regime na expulsão de dissidentes que se tinham refugiados nos seus aposentos.