A União Africana declarou apoio formal à candidatura da ministra das Finanças da Nigéria, Ngozi Okonjo-Iweala, à presidência do Banco Mundial. Maputo também apoia aquela candidatura, não apenas por ela ser africana mas porque, no passado, Okonjo-Iweala manteve excelentes relações com Moçambique.
Ngozi Okonjo-Iweala, foi directora do Banco Mundial antes de regressar há cerca de seis anos à Nigéria como ministra das Finanças (cargo que já tinha ocupado antes). Durante esse período, estabeleceu boas relações com Moçambique que agora dão fruto.
Ao justificar o apoio do governo moçambicano aquela candidata, o vice-ministro das Finanças, Pedro Couto, disse que, por ser africana Okonjo-Iweala vive os problemas africanos.
Couto adianta: "Não que os anteriores dirigentes não olhassem para a África, mas a nossa candidata é africana e vive os problemas do continente, por isso pode ser a pessoa em condições de melhorar as parcerias que precisamos para desenvolver".
Numa reunião com a União Africana, a candidata prometeu levar o Banco Mundial a aumentar o seu apoio aos “países em desenvolvimento e todos os outros que precisam de apoio para saíram da situação em que se encontram”.
No final da reunião, a União Africana disse, em comunicado, que “face às suas credenciais impecáveis a Dra. Ngozi Okonjo-Iweala é a melhor candidata” à presidência do banco.
Pela frente, a candidata africana tem dois concorrentes. José António Ocampo, presentemente professor universitário nos Estados Unidos, foi presidente do banco central e ministro das Finanças da Colômbia.
Jim Yong Kim, é presidente de uma universidade americana e o candidato proposto pelos por Barack Obama que o descreve como o mais bem qualificado, devido à sua experiência não em finanças, mas em matéria de desenvolvimento e saúde pública. Kim fundador de uma ONG e ex-director para o HIV/SIDA da OMS, é apoiado pelo Ruanda e, como contrapartida pelo apoio de Washington à directora do FMI que é europeia, pelos países europeus.
A escolha será feita pelo Conselho Directivo do Banco Mundial, antes da sua reunião da primavera com o FMI, marcada para 20 de Abril próximo.