A número três do Departamento de Estado, Wendy Sherman, concluiu uma visita de cerca de 24 horas a Luanda, com uma promessa de apoio americano ao processo eleitoral.
Após um encontro com o ministro angolano dos Negócios Estrangeiros, Georges Chikoty, que ambos consideraram frutífero e positivo, Wendy Sherman, disse que Washington está empenhada em contribuir para que as eleições deste ano em Angola sejam livres e justas.
"A eleição é uma decisão para o povo angolano e não para o povo dos Estados Unidos", disse antes de concluir a visita a seguir para a Zâmbia.
Sublinhou que os Estados Unidos pretendem "apoiar Angola para que tenha eleições livres e justas -- que eu sei ser a intenção do governo angolano -- para que se dê o próximo passo num processo de democratização que está em curso. Estamos à espera de eleições livres e justas e vamos oferecer todo o apoio apropriado"
Sherman, que segunda-feira, à chegada a Luanda, dissera que pos EUA dariam "toda a assistência necessária para que todas as vozes sejam ouvidas e o povo de Angola tenha eleições onde as suas vozes sejam ouvidas", não comentou os preparativos para as eleições, afirmando que passou pouco tempo no país.
"Estou aqui há cerca de 24 horas", frisou. "Não me é possível perceber tudo o que está a acontecer em Angola. O que eu ouvi foi uma sociedade vibrante que tenciona dar os próximos passos no processo de democratização. E esse é um compromisso do governo de Angola, um compromisso da sociedade civil e um compromisso dos partidos políticos. E esse é um passo muito positivo", disse a diplomata americana.
O chefe da diplomacia angolana, George Chikoty declarou, por seu lado, que formam abordados todos os temas com grande abertura, mas não abordou nenhum aspecto específico das conversações, preferindo salientar o seu carácter positivo.
Segundo ele, a reunião com Sherman "permitiu traçar as primeiras ideias que iremos consolidar no âmbito da nossa parceria estratégica com os Estados Unidos, mas também permite já preparar as ideias da minha próxima visita aos Estados Unidos, em que vamos consolidar a parceria estratégica que assinámos há dois anos".
"Hoje", concluiu o ministro, "iniciamos uma nova era nas nossas relações em que estamos a dar substância às nossas relações".
Wendy Sherman encontrou-se com organizações da sociedade civil e partidos políticos com assento parlamentar.
A número três do Departamento de Estado disse que, na visita, foram debatidas questões bilaterais, regionais e globais; que se falou de democratização, integração regional, diversificação económica e cooperação de segurança. Concluiu que os dois países têm "um plano de trabalho vigoroso e energético".