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Síria: John McCain apela a intervenção aérea na Síria


Senador John McCain falando a jornalistas no Congresso
Senador John McCain falando a jornalistas no Congresso

Senador e antigo candidato às presidenciais, diz que a administração Obama está abdicar-se das responsabilidades para com as vítimas

O Senador John McCain tem apelado para uma intervenção militar na Síria liderada pelos Estados Unidos, como forma de proteger os civis, assistir os rebeldes e destituir o presidente Bashar al-Assad

O correspondente da VOA no Congresso, Michael Bowman reporta que o senador do Arizona que em 2008 concorreu as presidenciais enquanto adversário de Barack Obama, é a favor de uma intervenção aérea na Síria com ou sem autorização das Nações Unidas.

O senador John McCain condenou a persistente repressão sangrenta na Síria, e reprovou a afirmação da administração Obama que considera de inevitável o abandono do poder pelo presidente Bashar al-Assad.

“Nada neste mundo é predestinado, e reivindicar a inevitabilidade de acontecimentos pode as vezes ser uma forma conveniente de se abdicar das responsabilidades. Mesmo que assumimos que Assad venha a abandonar o poder em última instancia, isso deve levar ainda muito tempo.”

John McCain disse que o governo sírio serve-se do Irão enquanto patrocinador directo do terrorismo internacional como uma “base avançada de operações.” O senador republicano adiantou que o presidente Bashar al-Assad tem a mãos sujas de sangue e acusa-o de implicação na morte de americanos mortos no Iraque por indivíduos estrangeiros que terão entrado no país através da Síria.

“Os Estados Unidos deviam liderar o esforço internacional para proteger os principais centros populacionais na Síria, especialmente no norte, através de ataques aéreos contra as forças de Assad. Para ser claro, essa acção iria requerer que os Estados Unidos eliminem as defesas anti-aéreas do inimigo pelo menos em algumas partes do país.”

O Senador McCain considera a actual política americana como inadequada e que é necessário renova-la e torna-la mais agressiva. Para Mc Cain a intervenção militar é consistente numa altura em que a própria administração Obama defende a política de prevenção de atrocidades em massa.

“Não devemos esquecer que a NATO desencadeou acção militar para salvar o Kosovo em 1999 sem a autorização formal da ONU. Não há justificações, para que a Liga Árabe ou a NATO ou uma coligação liderada pelo grupo Amigos da Síria, não dê um mandato semelhante para tomada de medidas militares para Salvar a Síria.”

O senador John McCain diz-se consciente dos riscos que acarretam uma intervenção militar na Síria, mas defendeu-se dizendo que não existem opções perfeitas, e enquanto tiver pela frente o presidente Bashar al-Assad, os Estados Unidos devem colocar-se do lado dos opositores do governo sírio, na salvaguarda dos seus interesses.

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