Pinto de Andrade pede a libertação
O activista cívico de Cabinda, Agostinho Chicaia, que continua detido, "sem culpa formada", na capital congolesa, Kinshasa, prepara-se para iniciar uma greve de fome, se não for libertado até esta quinta-feira em protesto contra a sua detenção, revelou à VOA o deputado da UNITA, eleito por Cabinda, Raul Danda.
Entretanto,mesmo antes de Chicaia ter anunciado a sua decisão, Justino Pinto de Andrade, presidente do Bloco Democrático, defende a libertação do activista cívico cabindense, Agostinho Chicaia, detido pelas autoridades congolesas, a pedido do governo de Luanda.
Justino Pinto de Andrade considera injustificada a detenção de Chicaia e defende uma solução negociada para o problema de Cabinda.
Pinto de Andrade diz que, por um lado, que Agostinho Chicaia é um agente cívico e que, por outro, foi dada como inconstitucional a norma que justificou a prisão do padre Tati do Belchior e de outros elementos de Cabinda. "Portanto - afirma o líder do Bloco Democrático - não faz sentido que, um ano depois, Agostinho Chicaia seja preso, em princípio, acusado de ter praticado actos contra a segurança do Estado angolano."
Justino Pinto de Andrade torna claro que não está a "apoiar uma secessão de Cabinda", mas defende uma solução que "tem que ser uma solução encontrada em conjunto com todos os actores e não apenas com uma parte dos actores".
O presidente do Bloco De mocrático adianta que, inversamente, "o Estado angolano tem procurado conversar com pessoas e grupos que lhe parecem mais próximos das suas próprias posições", concluindo: "Por isso mesmo é que não consegue chegar a uma solução definitiva para o problema de Cabinda".