A província da Huíla vai começar a produzir, a partir de finais de Julho próximo, vacinas para fazer frente á conhecida doença de Newcastle e diminuir assim as mortes de aves,tais como galinhas, causadas pela endemia que faz morada em Angola.
As previsões apontam para a produção de 250 mil doses de vacinas anuais podendo estes números subir, consoante as necessidades das comunidades espalhadas pelo país.
O director-geral dos Serviços de Veterinária de Angola, António José, justificou a necessidade da criação do referido laboratório de produção da vacina contra a doença de Newcastle, lembrando que "surgem surtos de Newcastle em todas as regiões do país e nós encomendamos a criação deste laboratório para podermos reduzir a mortalidade de aves nas nossas comunidades. Esse laboratório vai produzir vacinas para as comunidades. É uma vacina termo-estável porque não vai precisar de um sistema ou da rede de frio.Será uma vacina que poderá ser manuseada pela nossa comunidade, que não tem meios de conservação. Oinício para a produção dessa vacina será, mais ou menos, a 30 de Julho.”
O director-geral dos Serviços de Veterinária de Angola disse ainda que,ciclicamente é frequente o surto de Newcastle no país e com ele surgem danos económicos,sobretudo nas comunidades rurais.
“Ciclicamente, no nosso país, acontecem surtos de Newcastle. É só olharmos para as aves que as nossas populações detêm e quando essa doença acontece, por exemplo, numa comunidade, cem por cento das aves podem desaparecer e, então,houve essa necessidade de nós criarmos esse projecto para a produção de vacinas localmente.”
António José reservou-se em avançar os custos do projecto. A doença de Newcastle é uma patologia altamente contagiosa que atinge aves domésticas e selvagens. Os seus efeitos são notáveis em aviários pelo seu grande potencial epidémico e por levar a grandes perdas económicas.