Na Guiné-Bissau a transferência para os tribunais militares do caso dos assassinatos políticos de 2009 , considerada pelas Nações Unidas como um revés para a investigação em curso, está a suscitar animado debate entre os juristas guineenses.
Uns consideram-na uma decisão acertada. Outros acham que ela é menos correcta.
No primeiro grupo insere-se Fade Mane, um dos destacados comentadores dos assuntos jurídicos no país.
Aludindo ao recente despacho do ministério público, segundo o qual, não houve tentativa de golpe de estado que culminou nas mortes de Baciro Dabo e Hélder Proença,Fade Mane aponta elementos que na sua opinião são discutíveis.
Por seu lado, Carlos Vamain, outro destacado jurista guineense, tem uma opinião diferente.
Ele considera que o tribunal militar superior é mesmo competente para julgar este caso, tanto assim que a decisão do ministério Publico enquadra-se nas normas da legislação guineense em vigor.
Ouça a reportagem do correspondente da "Voz da América" Lassana Cassamá.
Guiné-Bissau: Tribunais militares dão origem a controvérsia
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A transferência para os tribunais militares do caso dos assassinatos políticos de 2009 está a suscitar animado debate entre os juristas guineenses.