"Caso Rufino está parado", acusa defesa de menor morto por militares angolanos

Pai de Rufino Fernando António, jovem de 14 anos que foi morto a tiro durante demolições no Zango, Luanda.

Defesa diz que o acusado está identificado mas solto.

O processo do “caso Rufino”, o menor morto a tiro no Zango, nos arreadores de Luanda, em Angola, por militares da PCU, está parado e o suposto assassino continua solto.

A denúncia é do advogado dos familiares do menor, Luis Nascimento, para quem a Procuradoria Militar e a Polícia Judiciária Militar já deviam ter entregue o acusado ao Serviço de Investigação Criminal (SIC), órgão competente para o efeito.

Rufino, de 14 anos de idade, foi morto a tiro a 5 de Agosto no bairro Walale por militares afectos à PCU comandados pelo general Simão Carlitos Wala, quando, segundo testemunhas, tentava defender a residência dos seus pais, na Zona Económica Especial, que estava a ser demolida.

''Não fomos notificados ainda de qualquer outro acto, este processo tem sido, segundo o juiz-conselheiro do Tribunal militar, acompanhado pela procuradoria imitar e judiciária Militar'', disse à VOA o advogado de defesa Luís Nascimento.

Para aquele defensor o SIC deve solicitar às autoridades militares que entreguem o suspeito.

''Por ser um militar sob direcção do general Wala, toda a gente sabe disso, é conhecido,e pensamos aqueles dois órgãos já deviam ter conhecimento disso'', reiterou Nascimento.

De acordo com relatos de moradores, Rufino foi o segundo caso que acabou em morte fruto de demolições que têm sido levadas a cabo na zona do Zango por militares da PCU.

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Pai de ‪Rufino‬ abre o coração e fala dos sonhos do filho, que nunca serão realizados.