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Advogado da família de António Rufino acusa presidente do Tribunal Militar de atrapalhar a investigação


 Luís Nascimento, advogado de defesa
Luís Nascimento, advogado de defesa

A morte do adolescente António Rufino, no Zango, na periferia de Luanda, continua a provocar reacções.

Em declarações ao Jornal de Angola, o presidente do Tribunal Militar, general António dos Santos Neto “Patónio”, afirmou que os militares que mataram o adolescente agiram em legítima defesa.

António dos Santos Neto disse ainda que “a justiça militar está a fazer o acompanhamento deste caso através da Procuradoria das FAA e da Polícia Judiciária Militar”.

Luís do Nascimento, advogado da família, afirmou que as declarações do juiz-conselheiro-presidente do Tribunal Militar vêm atrapalhar as investigações porque visam “nitidamente começar a deturpar a acção”.

O causídico, que disse que o pai do adolescente morto já foi ouvido e afirmou terem sido arroladas quatro testemunhas, acusando a tropa do tenente-general Simão Carlitos Wala, de reter a bala que atingiu mortalmente Rufino e que deve constar do processo.

Paira uma certa desconfiança em relação à justiça, no que toca a casos que envolvem forças de segurança governamentais. Em Novembro de 2016, o Tribunal de Luanda absolveu o soldado da Guarda Presidencial, Desidério Patrício de Barros, autor confesso da morte do dirigente da CASA-CE, Hilbert Ganga, a 23 de Novembro de 2013.

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