Opinião pública reage com bom grado a proposta da CASA-CE para as autárquicas

Abel Chivukuvuku num comício da CASA-CE em Luanda durante a campanha de 2012

Líder do partido da oposição, Abel Chivukuvuku defendeu a criação de uma plataforma dos partidos da oposição para juntos concorrerem as eleições autárquicas de 2015
A ideia da CASA-CE criar uma plataforma comum da oposição visando as
eleições autárquicas ainda não se materializou mas já começou a gerar
reacções entre os entendidos em matéria política nacional.

A política Alexandra Simeão por exemplo acha que um fórum desta
natureza seria uma grande oportunidade para se debater várias ideias.

"Este fórum por exemplo poderia ser um grande espaço
de sabedoria."

Já a jornalista e activista social Suzana Mendes pensa que as nossas
forcas político-partidárias ainda não estão muito habituadas a
trabalhar em conjunto.

Suzana Mendes "falar de uma possível estratégia comum está em jogo o
ego pessoal dos líderes, o historial de cada partido politico e em
Angola não há ainda muita tradição na oposição em trabalhar em
conjunto"

Uma ideia que encontra respaldo na opinião do cientista político
Nelson Pestana Bonavena.

“É salutar a unidade política mas não é a unidade
orgânica dos partidos porque existem diferenças de pensamentos, por
isso existem partidos diferentes e isto expressa a pluralidade
nacional."

Mais importante do que isso, diz Bonavena, é necessário que as forcas
políticas da oposição consigam acabar com o que considera de monopólio
da fraude protagonizado pelo MPLA.

Nelson Bonavena "Enquanto os partidos da oposição não conseguirem
quebrar o monopólio da fraude, dificilmente vai se reverter o actual
quadro politico angolano."

Bonavena lembra ainda que já existe actualmente uma plataforma de
concertação dos partidos opositores em Angola, falta apenas que a
CASA-CE integre este fórum.

"Uma plataforma politica de concertação dos partidos
políticos da oposição com e sem assento parlamentar já existe, a
CASA-CE deve integrar esta plataforma que existe."

A jurista Ana Paula Godinho vê a questão do ponto de vista da
credibilidade dos partidos da oposição que para ela não existe.

"A maioria dos partidos da oposição peca por isso,
não são levados muito a serio, quebram-se facilmente, passam uma
imagem ao cidadão de pouca credibilidade."