O Brasil conta, oficialmente, a partir de hoje com mais um Centro de Estudos Africanos. O lançamento deste núcleo de pesquisas científicas sofre o continente acontece no momento em que se realiza no Brasil o encontro anual da Associação das Universidades de Língua Portuguesa.
O Centro de estudos, que pretende reunir trabalhos de brasileiros e africanos, terá como sede a UFMG, Universidade Federal do estado brasileiro de Minas Gerais, localizada na cidade de Belo Horizonte.
O moçambicano, presidente da AULP, Jorge Ferrão, conta que está animado com a ideia, mas confessa que nem sempre viu com bons olhos a criação de centros desse tipo.
“Eram centros de estudos africanos apenas com matérias feitas por pessoas que vão passar algumas semanas na África e voltam dizendo o que é o continente. Como funciona na França, que apenas tem reflexões de pessoas que foram em África e voltaram. Eu tinha, pessoalmente, um grande problema com relação a isso. Preconceito mesmo”, conta.
Para Jorge Ferrão, no caso do Brasil, a proposta agora é diferente porque vai incluir trabalhos dos africanos. “Aquilo que era fundamental, que também os investigadores africanos pudessem eles próprios apresentar para o Brasil algumas reflexões sobre a África e que pudéssemos debater. Isso para não termos a ideia de que porque o pesquisador é do Brasil é superior e pode fazer um trabalho melhor do que aquele que lá está”.
O reitor Orlando Manuel Fernandes da Mata da Universidade Agostinho Neto, em Angola, também acredita que os dois lados - Brasil e África - vão sair ganhando como o centro nesses moldes.
“Nós temos professores Angolanos que irão cooperar com esse centro de estudos através da troca não só experiências, mas a troca de docentes. Investigadores nossos podem participar de projetos conjuntos de investigação científica virada a essa área de estudos africanos. Sairemos (Brasil e Angola) ganhando”.
Felipe Zau, vice-reitor da Universidade Independente de Angola, acredita que, além de responder a essa necessidade de trazer o olhar verdadeiro da África, por meio de pesquisadores locais, o núcleo vai ajudar a enfrentar um velho problema que envolve Brasil e África: a falta de conhecimento mútuo.
“Muitas vezes, nem nós temos um conhecimento maior sobre o que é o Brasil de hoje e nem o Brasil tem conhecimento da África de hoje. Ficou um pouco à volta daquilo que, de forma cinematográfica, foi informado sobre a África,” afirma. “Às vezes, creio que temos mais informações sobre o ocorre no Brasil do que o que os brasileiros têm sobre o que ocorre em África”.
O evento da AULP em Belo Horizonte conta com representantes da área da educação de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste.
O Centro de estudos, que pretende reunir trabalhos de brasileiros e africanos, terá como sede a UFMG, Universidade Federal do estado brasileiro de Minas Gerais, localizada na cidade de Belo Horizonte.
O moçambicano, presidente da AULP, Jorge Ferrão, conta que está animado com a ideia, mas confessa que nem sempre viu com bons olhos a criação de centros desse tipo.
“Eram centros de estudos africanos apenas com matérias feitas por pessoas que vão passar algumas semanas na África e voltam dizendo o que é o continente. Como funciona na França, que apenas tem reflexões de pessoas que foram em África e voltaram. Eu tinha, pessoalmente, um grande problema com relação a isso. Preconceito mesmo”, conta.
Para Jorge Ferrão, no caso do Brasil, a proposta agora é diferente porque vai incluir trabalhos dos africanos. “Aquilo que era fundamental, que também os investigadores africanos pudessem eles próprios apresentar para o Brasil algumas reflexões sobre a África e que pudéssemos debater. Isso para não termos a ideia de que porque o pesquisador é do Brasil é superior e pode fazer um trabalho melhor do que aquele que lá está”.
O reitor Orlando Manuel Fernandes da Mata da Universidade Agostinho Neto, em Angola, também acredita que os dois lados - Brasil e África - vão sair ganhando como o centro nesses moldes.
“Nós temos professores Angolanos que irão cooperar com esse centro de estudos através da troca não só experiências, mas a troca de docentes. Investigadores nossos podem participar de projetos conjuntos de investigação científica virada a essa área de estudos africanos. Sairemos (Brasil e Angola) ganhando”.
Felipe Zau, vice-reitor da Universidade Independente de Angola, acredita que, além de responder a essa necessidade de trazer o olhar verdadeiro da África, por meio de pesquisadores locais, o núcleo vai ajudar a enfrentar um velho problema que envolve Brasil e África: a falta de conhecimento mútuo.
“Muitas vezes, nem nós temos um conhecimento maior sobre o que é o Brasil de hoje e nem o Brasil tem conhecimento da África de hoje. Ficou um pouco à volta daquilo que, de forma cinematográfica, foi informado sobre a África,” afirma. “Às vezes, creio que temos mais informações sobre o ocorre no Brasil do que o que os brasileiros têm sobre o que ocorre em África”.
O evento da AULP em Belo Horizonte conta com representantes da área da educação de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste.