Estados Unidos acusam o Irão, China e Arábia Saudita de violar liberdades religiosas

Estados Unidos acusam o Irão, China e Arábia Saudita de violar liberdades religiosas

Relatório do Departamento do Estado reconhece entretanto progressos em países como a Turquia e Paquistão

Um relatório do Departamento do Estado cita os países como Irão, a China e Arábia Saudita como os maiores violadores de liberdade religiosa.

O estudo indica igualmente que a Turquia e o Paquistão foram saudados pelos esforços com vista a facilitar as liberdades religiosas de grupos minoritários.

A Secretária de Estado Hillary Clinton disse que o relatório anual sobre a liberdade religiosa é um elemento chave da política externa americana e acrescentou que a tolerância religiosa é essencial para a sustentabilidade da democracia e de sociedades pacíficas.

“As pessoas que têm uma opinião sobre como são governadas, seja qual for a sua identidade, ou carácter étnico da religião, estão mais em posição de fixar os limites entre a governação e os sucessos sociais. Isso é bom para a estabilidade, para a segurança nacional americana e a segurança global.”

O novo relatório cita os oitos países que na edição do ano passado tinham sido qualificados como os maiores violadores da liberdade religiosa, conhecidos então como “países particularmente preocupantes.” A Birmânia, a China, a Coreia do Norte, na Ásia, Irão, Uzbequistão, Arábia Saudita, o Sudão e a Eritreia são esses países.

Hillary Clinton disse que o governo iraniano continua a reprimir os cristãos evangélicos, judeus, bahai’s e os muçulmanos não chiitas.

A Secretária do Estado adiantou ainda que o respeito da diversidade religiosa será a chave para o sucesso a longo prazo de governos no Médio Oriente e no Norte de África que estão a sair das revoluções da Primavera Árabe.

“As pessoas na região deram os primeiros passos para a democracia. Mas as suas esperanças para a consolidação das vitórias, elas não devem ser negociadas com a substituição de formas de repressão.”

Clinton saudou um recente decreto do governo Turco que permitiu aos não muçulmanos reapropriarem das igrejas e sinagogas confiscadas pelo governo há 75 anos, e uma outra decisão que acaba com a obrigação das jovens estudantes em usarem o véu nas universidades.

O Secretário Assistente para Democracia, Direitos Humanos e Trabalho, Michael Posner saudou também os esforços do governo Paquistanês no sentido de uma maior liberdade religiosa depois do assassinato de dois proeminentes opositores de uma lei considerada de insultuosa, incluindo a criação de um ministério de harmonia nacional para proteger as minorias religiosas.

Posner lamentou contudo as acções contra os grupos religiosos na China na qual disse ser parte de uma deterioração geral das condições dos direitos no inicio deste ano.

O Secretário Assistente disse que os Estados Unidos vão continuar a falar nos fóruns internacionais contra as limitações de práticas religiosas no Irão e na Coreia do Norte, países com os quais Washington não tem relações diplomáticas.