O Níger indicou necessitar de ajuda para fiscalizar a enorme fronteira norte com a Líbia devido ao facto de alguns elementos do antigo governo de Tripoli estarem a fugir para o sul, incluindo entre eles um dos filhos de Moammar Gadahfi.
O Níger solicitou apoio para controlar mais de seis milhões de metros quadrados de deserto ao longo da fronteira com a Líbia.
O ministro da Justiça Marou Amadou classificou a situação de explosiva uma vez que membros do deposto governo Gadhafi fogem aos combatentes do conselho interino da Líbia.
Amadou refere que o Níger necessita de fiscalização aérea, e de boa informação. Adianta que isso custa muito dinheiro para uma nação pobre e endividada como o Níger, que sofre constantemente de crises alimentares.
O antigo chefe da segurança de Gadhafi e um dos seus filhos, bem como pelo menos dois antigos generais, atravessaram a fronteira para o Níger no que o governo classifica de princípios humanitários.
O filho de Gadhafi Saadi encontra-se sob detenção domiciliária na capital, Niamey.
O Ministro da Justiça Amadou sustenta que os custos do aumento das patrulhas ao longo da fronteira norte estar a impedir concretização da agenda de desenvolvimento do novo governo civil do Níger. Ao mesmo tempo, o fluxo de armas através do Sahel pode desestabilizar ainda mais a região onde elementos próximos da al-Qaida já eram activos.
Amadou sublinha que ainda antes dos confrontos na Líbia, a situação na fronteira já era difícil para o Níger. É conhecido que a al-Qaida no Magreb Islâmico opera através do Sahel desde a Mauritânia à Argélia, ao Níger e ao Mali.
Amadou acrescenta que a segurança ainda se complica mais com o tráfego de drogas, os actos de banditismo, e sequestro numa área que o governo do Níger não consegue controlar.