Brasileiro à frente da FAO era homem de Lula contra a fome

Brasileiro à frente da FAO era homem de Lula contra a fome

José Graziano da Silva um agrónomo, professor e escritor brasileiro de 61 anos de idade foi eleito para a direcção da FAO.

José Graziano da Silva um agrónomo, professor e escritor brasileiro de 61 anos de idade foi eleito para a direcção geral da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação ,FAO.

O novo líder da FAO prometeu abraçar a luta contra a erradicação da fome no mundo.
José Graziano coordenou a elaboração do “Fome Zero”, programa brasileiro que fez a gestão de Lula da Silva ganhar repercussão mundial.

A presidente brasileira, Dilma Rousseff, comemorou a sua escolha e explicou a importância dessa eleição para o Brasil.
“Significa o reconhecimento por parte das Nações Unidas da contribuição que o Brasil tem dado para as ações de combate à fome,” afirmou ela. “O nosso querido amigo Graziano terá todo o apoio do governo brasileiro para levar essas soluções a FAO, mostrando que é possível compatibilizar o combate à fome, a melhoria de renda dos agricultores e uma produção de alimentos que só cresce em quantidade e produtividade,” disse ainda.

José Graziano da Silva é um agrónomo, professor e escritor brasileiro, autor de diversas obras versando sobre a questão agrária. Foi ministro extraordinário de Segurança Alimentar e Combate à Fome no primeiro mandato do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva.

Na pasta coordenou a elaboração do Fome Zero, programa brasileiro de transferência de renda para os mais pobres que fez a gestão Lula ganhar repercussão mundial.

Em 2006, Graziano tornou-se o representante regional da FAO para a América Latina e as Caraíbas. Durante sua permanência na agência da ONU, conseguiu que os países da região fossem os primeiros ao nível mundial a assumir o compromisso de erradicar a fome antes de 2025. A campanha pelo nome do brasileiro para o posto na FAO ganhou apoio do ex-presidente Lula.

Para José Graziano, a conquista do posto reforça que algumas ideias, que não eram amplamente aceitas, já fazem parte hoje do “receituário” da FAO, como a possibilidade da erradicação da fome.

José Graziano afirma que a sua gestão terá a máxima de não se conformar com a fome mundial.

“Eu vejo a FAO hoje muito divida entre os grupos, principalmente entre os países desenvolvidos e em desenvolvimento. Eu acho que não há mais como conviver neste século com a fome. Imediatamente, temos que começar uma luta pela erradicação da fome. Podemos fazer uma revolução verde-verde, como dizem os franceses, mas também temos que olhar para uma revolução azul. Os mares, os oceanos, os peixes são fundamentais para alimentar os países mais pobres,” afirmou ele.

O novo presidente da FAO toma posse em Janeiro de 2012.