A representação do Fundo Monetário Internacional em Maputo defendeu a necessidade de o governo moçambicano adoptar uma estratégia de empregos públicos temporários acompanhada da protecção social de indivíduos produtivos através de "bolsas de família", como alternativas ao fracassado programa de " cesta básica".
Em Fevereiro passado, face a alta de preços associados à crise mundial, o governo moçambicano havia anunciado uma série de medidas, incluindo a "cesta básica" para beneficiar os funcionários públicos que recebem salários até dois mil e quinhentos meticais, mas a dada altura, o governo teve que recuar a ideia alegando que o país agora não necessita desta medida.
A “bolsa de família” é um subsídio para estimular indivíduos produtivos sem emprego para começarem a trabalhar, enquanto a “cesta básica” é um subsídio de alimentos, disse o representante do FMI em Moçambique, Victor Duarte.
"É necessário que se redefinam alguns subsídios para alguns alimentos, talvez como a farinha que maior parte da população pobre consome em Moçambique" - disse Victor Duarte, falando a um grupo de jornalistas.
Aquele representante, acredita que a "bolsa de família" e outras medidas alternativas vão proteger socialmente os indivíduos capacitados para o trabalho.
Victor Duarte falava a margem de uma palestra sobre o papel do FMI e perspectivas económicas para a África subsaariana dirigido a um grupo de jornalistas moçambicanos, cabo-verdianos e angolanos que desde segunda-feira beneficiam de uma formação em jornalismo económico-financeiro na capital moçambicana.
Ouça a reportagem do colaborador da “Voz da América”, Faizal Ibramugy.
A “bolsa de família” é um subsídio para estimular indivíduos produtivos sem emprego a começarem a trabalhar.