Cabo Verde: Corrida à presidência sobe de ritmo

Em Cabo Verde prossegue a corrida presidencial.
Jorge Carlos Fonseca apoiado pelo MPD, Manuel Inocêncio Sousa apoiado pelo PAICV e Aristides Lima sem apoio partidário, estão na estrada em plena pré-campanha, divulgando as respectivas mensagens. É a luta para a mobilização dos cidadãos e a
consequente "caça ao voto".

A pré-campanha para as eleições presidenciais deste ano, decorre com a
família “tambarina” dividida, tudo por causa do surgimento de duas
candidaturas presidenciais de membros do Partido Africano da
Independência de Cabo Verde, PAICV, a do antigo ministro das
Infra-estruturas, Transportes e Comunicações, Manuel Inocêncio Sousa ,
apoiada pela direcção do partido, e a do ex-presidente da Assembleia Nacional,
Aristides Lima, que concorre como independente.

Apesar de Inocêncio Sousa afirmar que o partido está unido em volta da
sua candidatura, o antigo ministro considera que o apoio do PAICV não
significa vitória, já que cabe aos cabo-verdianos votarem para a
escolha do próximo presidente da República.

Manuel Inocêncio Sousa afirma também que, com o aparecimento de um terceiro elemento na corrida o trabalho tem de ser redobrado.

Ainda assim, Inocêncio Sousa mostra-se confiante na mobilização de
todas as estruturas do seu partido, para concretizar o objectivo de
ser eleito presidente da república.

Aristides Lima por sua vez, continua a explicar que a sua candidatura
não é para dividir o PAICV, partido do qual é militante desde 1974.
Diz que se candidata à presidência da república por entender que está
preparado para continuar a dar o contributo em prol do desenvolvimento
do país, depois da experiência acumulada ao longo dos últimos dez
anos, como presidente da Assembleia Nacional.

Sobre esta questão das presidenciais, o líder do Partido Africano da
Independência de Cabo Verde, José Maria Neves que também é
primeiro-ministro, afirma que o PAICV já tomou a decisão de apoiar o
candidato Manuel Inocêncio Sousa. Ouça a reportagem do correspondente da VOA , Eugénio Teixeira.