Comandos militares americanos libertaram esta madrugada dois reféns retidos desde Outubro por piratas somalis numa região semi-autónoma no centro do país.
Tratou-se de mais uma operação de alto risco levada a cabo pelos famosos Navy Seals, e seguida em pormenor pela administração americana.
Num comunicado publicado hoje o presidente Obama saudou as forças especiais que nas primeiras horas da madrugada na Somália libertaram a americana Jessica Buchanan e o dinamarquês Poul Hagen Thisted. Buchanan de 32 anos e Thisted de 60, são trabalhadores humanitários de uma organização dinamarquesa – Danish Demining Group (Grupo Dinamarquês de Desminagem) – e foram raptados a 25 de Outubro em Galkayo na semi-autónoma região de Galmudug no centro da Somália.
Hoje a imprensa americana destaca mais uma vez o carácter espectacular desta operação que foi conduzida em segredo à semelhança daquela que em Maio passado eliminou o líder da al-Qaida Oussama Ben Laden no Paquistão.
Momentos antes do discurso ontem do Estado da União o presidente Obama terá deixado curiosos os espectadores quando dirigindo-se em privado ao Secretário da Defesa Leon Panetta saudou-lhe nesses termos.
“Bom trabalho esta noite… foi um bom trabalho esta noite.”
Horas mais tarde todos ficariam a saber a razão do optimismo do presidente Obama com a notícia da libertação de Jessica Buchanan e de Poul HagenThisted.
A agência Associated Press cita fontes da marinha segundo as quais os operacionais que tomaram parte nesta missão eram os mesmos que em Maio passado protagonizaram o assalto e assassínio de Bin Laden em Aboutabad no Paquistão.
A televisão NBC que cita em anonimato os responsáveis militares americanos indica que a operação foi levada a cabo por dois comandos de elite dos Navy Seals. Os atacantes chegaram em dois helicópteros e foram recebidos por fogo cruzado dos raptores. Fontes no local disseram que 9 piratas somalis morreram e 5 outros foram detidos.
A operação teve lugar nas primeiras horas da madrugada e para garantir o seu completo sucesso as forças americanas tiveram que assumir o controlo do aeroporto de Galkayo no centro da Somália.
O presidente Barack Obama confirmava esta manhã que as forças especiais tinham levado a cabo um operação para libertar os reféns ocidentais, entre eles uma americana detida desde Outubro.
O comunicado da Casa Branca, diz tratar-se “de uma mensagem destinada ao mundo para dizer que os Estados Unidos terão uma posição firme contra todas as formas de ameaças visando o nosso povo.”