O Fundo Soberano de Angola (Fsdea) negou que esteja envolvido em qualquer transacção ilegal, numa declaração divulgada nesta sexta-feira, 22, na sequência de notícias sobre as suas actividades reveladas no chamado escândalo dos “Panamá Papers”.
Documentos da companhia panamiana Mossak Fonseca publicados através do mundo revelaram uma série de transacções dúbias e a existência de companhias de fachada por diversas entidades e personalidades em redor do mundo, havendo alegações de muitas dessas transacções se destinam à fuga de impostos ou para lavagem de dinheiro obtido ilegalmente.
No seu comunicado, (Fsdea) afirma que “lida com inúmeras entidades, instituições financeiras e de consultoria especializadas em diferentes áreas com mérito comprovados sempre aprovadas por autoridades de supervisão e regulação das suas respectivas jurisdições”.
“Operaçoes financeiras com instituições sediadas em qualquer parte do mundo, inclusive em offshores cuja carga fiscal é mais baixa, desde que devidamente supervisionadas e comprovadamente legais, estão longe de ser sinónimo de falta de transparência ou qualquer actividade criminosa”, diz o comunicado.
O (Fsdea) afirma que essas actividades se justificam “com a necessidade primordial de racionalização e rentabilização dos fundos “confiado ao Fundo pelo Estado".
O comunicado acusa os meios de informação de publicarem artigos “pejados de inuendos opinativos e tendenciosos impossíveis de comprovar por ausência de culpa” do Fundo.
A organização acredita que a legalidade das suas atividades vai ser "recomprovada aquando da próxima publicação do relatório anual de contas , o que de resto, é prática regulamentar observada desde a criação do Fundo".
O Fundo Soberano de Angola é presidido por José Filomeno dos Santos, filho do presidente José Eduardo dos Santos.