A organização não governamental angolana Omunga diz que o Fundo Soberano não pode financiar activistas das associações.
A reacção de José Patrocínio surge depois de ontem o Fundo Soberano ter anunciado que reservou 7,5 por cento do seu orçamento para financiar activistas de organizações não governamentais.
As autoridades angolanas tratam algumas organizações por enteadas e outras como filhas, disse à VOA, Salvador Freire, presidente da Associação Mãos Livres, em reacção ao anúncio do Fundo Soberano.
Freire afirma que a organização que dirige recebe normalmente doações internacionais e garante que nunca recebeu qualquer apoio das autoridades angolanas e desconhece os critérios de atribuição destes fundos.
“Nós somos enteados e não temos esse privilégio e não temos essa oportunidade”, reiterou Freire
José Patrocino, coordenador da Omunga, vai mais longe e afirma que o Fundo Soberano não pode investir em organizações de onde não tenha retorno, uma vez que o objectivo do Fundo é manter a reserva financeira do país.
Patrocino lembra que Angola tem uma lei que atribui o estatuto de organização de utilidade pública às organizações e que o Fundo Soberano não pode financiar as suas actividades.