O conselho nacional da Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP) não aprovou um voto apresentado pelos sindicalistas afectos ao Bloco de Esquerda (BE) que pretendiam condenar as autoridades angolanas pela condenação de 17 activistas pelos crimes de rebelião, actos preparatórios de golpe de Estado e associação de malfeitores.
No momento da votação, dos 147 membros do órgão da central dominada por sindicatos do Partido Comunista Português (PCP), cerca de 100 estavam presentes e apenas 17 votaram a favor da proposta.
O voto pretendia manifestar a "solidariedade aos activistas angolanos", repudiar "o processo judicial e os atropelos aos direitos humanos" e exigir a "libertação" dos 17 condenados.
A imprensa portuguesa diz que a maioria comunista tentou persuadir os proponentes do voto para que ele fosse retirado e repensado, mas os seis sindicalistas do BE mantiveram a proposta.
Desta forma, os sindicalistas comunistas repetiram a atitude dos deputados do PCP que se opuseram no Parlamento aos votos do BE e do Partido Socialista que criticavam a decisão do tribunal de Luanda.